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Dia Nacional do Surdo, Inclusão é o tema mais abordado.

Incríveis 9,8 Milhões de Brasileiros possuem algum tipo de deficiência auditiva: 2.6 milhões são surdos e 7,2 milhões apresenta dificuldade para ouvir.

Na última quarta-feira (26) foi celebrado o Dia Nacional do Surdo. O objetivo da data é desenvolver a reflexão sobre os direitos e a inclusão das pessoas com deficiência auditiva na sociedade. De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) 9,8 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência auditiva. Deste total 2,6 milhões são surdos e 7,2 milhões apresentam dificuldade para ouvir.

Além da data, o mês de setembro é utilizado para campanhas sobre o tema. Denominado “Setembro Azul”, o período foi escolhido por conter diversas datas importantes e comemorativas para a comunidade surda, com eventos voltados para a conscientização sobre a acessibilidade e comemoração das conquistas ao longo dos anos.

O que é necessário saber sobre os deficientes auditivos?

Os deficientes auditivos podem se encaixar em alguns grupos em relação à denominação da surdez, porém, na sociedade em geral, ele é um integrante comum. Existe o grupo dos surdos pré-linguais usuários de aparelhos auditivos, os surdos pós-linguais usuários de aparelhos auditivos e o grupo de surdos sinalizados, que utilizam a Língua de Sinais para sua comunicação.

Algumas ações simples podem facilitar o convívio e a comunicação com esses grupos: para chamar a sua atenção busque primeiramente por um toque ou um sinal visual (toque no ombro, abane a mão); fale devagar, articulado e, de preferência, sempre olhando de frente para a pessoa; procure não estar mastigando alimentos; procure não gritar isso não vai favorecer a sua comunicação; seja expressivo se comunique com expressões faciais e movimentos corporais, pois mudanças no tom de voz muitas vezes não são percebidas pelo deficiente auditivo nas expressões de raiva, tristeza, alegrias e sacarmos.

A surdez não possui relação com o nível intelectual do indivíduo, a não ser que ele possua outras alterações cognitivas que venham a comprometer a sua capacidade intelectual.

Quais são as causas que podem levar a perda auditiva?

A perda auditiva pode ser congênita, isto é, desde o nascimento, ou adquirida no decorrer da vida. Dentre as causas, podemos citar fatores genéticos e/ou hereditários; más-formações; traumatismos; tumores; síndromes; a presbiacusia que é em decorrência do processo natural de envelhecimento; a exposição ao ruído excessivo (PAINPSE ou PAIR); as infecções de ouvido (otites); associadas a algumas doenças como diabetes, hipertensão e cardiopatias; em decorrência de processos infecciosos como rubéola, meningite, caxumba, entre outras; e também devido ao uso medicações ototóxicas.

O uso de aparelhos auditivos corrige 100% do problema? Não. O aparelho auditivo não restaura a audição perdida, mas minimiza de maneira significante as dificuldades de escuta.

Como eles funcionam?

O aparelho auditivo é dividido em três partes principais: microfone, amplificador e receptor. Para entendermos melhor como tudo isso funciona vamos explicar resumidamente a etapa que o som percorre: os microfones captam os sons do ambiente, que são amplificados e enviados ao receptor, assim, eles são transmitidos por meio do molde, tubo fino ou tubo com receptor para a orelha interna. Nesse local, esses sons serão transformados em impulsos elétricos que serão captados pelo cérebro, para que seja processada a informação recebida. Tudo isso acontece em questões de milissegundos.

É possível dizer que, em alguns casos, as pessoas que utilizam aparelhos auditivos têm uma audição melhor?

Com certeza. O aparelho não restaura a audição, mas oferece possibilidades significantes, o que torna mais fácil ouvir. Alguns estudos realizados apontam que pacientes com deficiência auditiva que utilizam aparelhos auditivos ou implantes cocleares aumenta a qualidade de vida.

Existe algum outro método fora o uso de aparelhos?

Sim, há outras alternativas para a reabilitação da perda auditiva. Existem cirurgias reparadoras, como nos casos de perfuração da membrana timpânica, por exemplo, e também outras opções como o implante coclear, conhecido como ouvido biônico, e as próteses auditivas osteancoradas. A escolha do método dependerá de cada caso e deve ser avaliado pelo médico otorrinolaringologista.

Se tratando de qualidade de vida, existe alguma diferença em relação às pessoas “normais”?

A pessoa com deficiência auditiva bem diagnostica e com intervenção adequada possui sim uma qualidade de vida normal. Já a perda auditiva não tratada pode causar isolamento, falta de atenção, redução das atividades sociais, frustração, insegurança e baixa autoestima.

Qual a importância da inclusão da pessoa com deficiência auditiva?

A inclusão da pessoa com deficiência auditiva na sociedade é necessária para assegurar as mesmas condições de educação, oportunidades de emprego e inserção social de uma pessoa sem nenhum tipo de deficiência. A sociedade precisa se preparar para receber, capacitar, dar oportunidade e respeitar a diversidade, até porque todas as pessoas com necessidades “especiais” têm os seus direitos assegurados na legislação. Os surdos são pessoas que têm o mesmo direito que quaisquer outras pessoas. E cada um obedece a seu ritmo, à sua maneira e seus próprios meios. Eles possuem a mesma necessidade de amar e serem amados, de aprender, compartilhar, crescer e experimentar o mesmo mundo que todos os outros. Faz­-se necessário dar a oportunidade de poderem vivenciar suas próprias experiências.

Se você vem sentindo alguns dos sintomas acima, procure o seu profissional da saúde ou entre em contato com a equipe de profissionais do Centro Auditivo GL AUIDIO.

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